O PEIXE-LEÃO
- Classe: Actinoprerygii
- Família: Scorpaenidae
- Espécie: Pterois volitans (Linnaeus, 1758)
- Nomes populares: Peixe-leão (português), lionfish, common lionfish, red lionfish (inglês), pez león (espanhol)
O peixe-leão é um dos organismos mais cobiçados pela aquariofilia devido a sua rusticidade, além do seu comportamento majestoso e imponente, comportamento de caça (muitos aquaristas gostam de assistir ele caçando pequenos peixes) e a sua beleza exótica e peculiar, que, também, atraem a atenção devido ao fato de serem peçonhentos.
O nome popular, peixe-leão, é na verdade um complexo que representa 12 espécies comuns do Indo-Pacífico, dentre as quais duas tem grande potencial como bioinvasores. Pterois miles já é um problema crescente no Mediterrâneo e Pterois volitans encontra-se estabelecido no litoral Nordeste dos Estados Unidos e no mar do Caribe desde o início da década de 1990. Atualmente vem ampliando sua invasão a passos largos ao longo do Atlântico Ocidental, de Rhode Island (EUA) à Venezuela e mais recentemente no Norte e Nordeste do Brasil.

Características distintivas
O peixe-leão é um peixe de médio porte que mede entre 25cm e 30cm na fase adulta, porém nas áreas invadidas podem crescer um pouco mais que na sua região de origem, alcançando até pouco mais de 45cm de comprimento total e pesar até 1,4kg.
A principal característica do peixe-leão é a presença de longos espinhos nas nadadeiras dorsais e peitorais. A coloração do corpo é branca com barras marrom-avermelhadas, disformes dispostas verticalmente (zebrada) por todo o corpo do animal, incluindo a cabeça. Apresenta apêndices acima dos olhos, próximo às narinas e abaixo da enorme boca.

Biologia
O peixe-leão tem preferência por ambientes recifais em profundidades que variam dos 2m aos 100m, porém no Caribe este peixe tem sido abundante inclusive em áreas de manguezais.
O peixe-leão adulto adulto costuma ser territorial, passando parte do dia entocados e praticamente imóveis com a cabeça ligeiramente voltada para baixo. O peixe-leão é mais ativo durante a noite, quando sai para caçar peixes menores, camarões, lagostas e caranguejos, contudo o peixe-leão tem a capacidade de engolir presas com mais da metade do seu próprio comprimento.
Para caçar, o peixe-leão abre bem as suas longas nadadeiras peitorais e nada em direção à presa encurralando-a contra o recife, quando a presa se encontra sem opção de fuga é sugada e engolida rapidamente.
O peixe-leão, vive entre 10 e 15 anos (em aquários podem alcançar até 18 anos!), atingindo precocemente a maturidade sexual, com aproximadamente 16cm de comprimento total, geralmente antes de completar um ano de vida. Uma única fêmea é capaz de liberar em torno 12.000 a 15.000 ovos por mês em desovas que ocorrem de 4 em 4 dias em regiões tropicais. Estes ovos são aglutinados em massas gelatinosas flutuantes que são transportadas por até 26 dias no plâncton e após o nascimento, as larvas e os recrutas juvenis apresentam comportamento pelágico, capazes de percorrer grandes distâncias até se estabelecer em algum local, justificando sua ampla área de invasão no Atlântico Ocidental.
O peixe-leão possui 18 grandes espinhos ao longo do corpo que são utilizados para se defender de predadores, dos quais 13 estão enfileirados no dorso, dois nas nadadeiras pélvicas (um de cada lado) e 3 na nadadeira anal. Esses espinhos injetam veneno que está localizado em ranhuras e ficam expostas quando há ruptura do tecido como decorrência da perfuração pelo espinho.

Distribuição natural
O peixe-leão é nativa do oceano Indo-Pacífico com distribuição desde a costa leste Africana (Indico) até o Pacífico central..
HISTÓRICO DA BIOINVASÃO NO ATLÂNTICO
Há uma teoria que diz que o furacão Andrews (1992) é o grande responsável pelo início da invasão do peixe leão no oceano Atlântico, quando destruiu as instalações de lojas de aquários na Flórida, liberando dezenas de exemplares. Todavia, existem registros históricos desde meados da década 1980, como um indivíduo encontrado na costa da Flórida em 1985, possivelmente solto por um aquarista.
Em 2000 o peixe-leão já era comum na costa leste dos Estados Unidos, quando foi registrado pela primeira vez nas Bermudas, em 2004 foi encontrado nas Bahamas e à partir de então invadiu todo o mar do Caribe e o Golfo do México
Em aproximadamente 30 anos de invasão no Atlântico Ocidental o peixe-leão conseguiu ocupar (invadir) uma área de aproximadamente 7.300.000km²
PRIMEIROS REGISTROS E SITUAÇÃO ATUAL NO BRASIL

O primeiro registro desta espécie em águas brasileiras ocorreu em maio de 2014 quando um grupo de turistas observou um exemplar na Prainha, ponto de mergulho de Arraial do Cabo (RJ) e o segundo, também em Arraial do Cabo, ocorreu em março de 2015 quando um peixe leão foi avistado pelo instrutor de mergulho Marcelo Queiroz entre a Ponta Leste e o Saco do Anequim, dois pontos de mergulho na Ilha do Farol.
Ambos os animais foram capturados e encaminhados para o Laboratório de Ecologia e Conservação de Ambientes Recifais (Lecar) da Universidade Federal Fluminense (UFF) para que fossem analisados sob os cuidados do coordenador Dr. Carlos Eduardo Ferreira.
Em setembro de 2020 mais dois exemplares foram coletados na costa do Amapá, um deles em um manzuá (armadilha para peixes) em aproximadamente 100m de profundidade, destinada à captura de vermelhos (Lutjanus spp.) e outro em uma rede de pesca de lagosta armada a aproximadamente 70m de profundidade.
Em dezembro de 2020 um exemplar foi capturado pelo mergulhador Fernando Rodrigues, instrutor da escola e operadora de mergulho Sea Paradise em Fernando de Noronha (PE) a 28m de profundidade próximo ao ponto de mergulho conhecido por Laje dos Cabos, em frente à praia da Conceição. Recentemente, em agosto de 2021, outros peixes-leão foram coletados no arquipélago, e pelo menos dois destes eram jovens, sugerindo que estejam chegando nas ilhas através das correntes.
Até o presente momento, apesar dos registros no litoral do Rio de Janeiro, serem devido, possivelmente, por soltura de espécimes oriundos de aquários domésticos, os peixes capturados no Arquipélago de Fernando de Noronha configuram o registro o inicio da invasão do peixe-leão no litoral brasileiro. Esses peixes jovens são, também, os únicos encontrados ao sul da foz do rio Amazonas, local conhecido como barreira do Amazonas-Orinoco, que devido a pluma de água doce e sedimentos que avançam 2.300km pelo oceano e que separa muitas espécies de peixes típicos do Caribe dos recifes brasileiros, e que associada à Corrente Norte Equatorial (também conhecida como Corrente das Guianas) configuram uma das barreiras biogeográficas responsáveis por retardar a invasão deste peixe em nossas águas.
Apesar da barreira biogeográfica do Amazona-Orinoco e do sentido norte das correntes marinhas nesta área, o recife profundo que se estende da Guiana Francesa ao Maranhão, conhecido por corais da Amazônia, atua como corredor ecológico possibilitando aos animais que conseguem alcançá-lo, transitar e passar por baixo da pluma de água doce.
O número total de registros ainda é pequeno e pontuais, porém em intervalos temporais cada vez menores e portanto acredita-se que seja apenas uma questão de tempo até que o peixe-leão avance para destinos mais ao sul ao longo da costa brasileira.
CARACTERÍSTICAS COMO BIOINVASOR
Trata-se de um predador voraz que não é reconhecido por suas presas e por potenciais predadores como presa no oceano Atlântico. Apesar disto, existem registros eventuais de predação sobre estes peixes, porém não são suficientes a ponto de frear ou mesmo impedir a invasão desta espécie.
É um peixe fecundo e precoce, cuja maturidade sexual ocorre muito rápido em comparação com outras espécies de mesmo porte.
Os ovos, as larvas e os exemplares juvenis desta espécie são capazes de percorrer grandes distâncias, antes de se estabelecer em um local, e uma vez que a espécie esteja estabelecida em algum ponto, suas larvas e os jovens recrutas possuem a capacidade de ampliar, ainda mais, a sua área de invasão.
O peixe-leão pode, também, tolerar variações de temperatura, profundidade, turbidez e salinidade.
CONSEQUÊNCIAS E DANOS
O peixe-leão é um predador voraz, um excelente caçador de grande apetite, que tem sua dieta baseada em pequenos peixes (incluindo as espécies limpadoras, de interesse pesqueiro ou ameaçadas de extinção) e crustáceos que são a base da cadeia trófica dos oceanos.
O peixe-leão compete diretamente com os predadores nativos e muitas vezes já sobrepescados de médio e grande porte, dos recifes invadidos, tais como: garoupas, badejos e vermelhos, entre outros, porém, devido a sua eficiência reprodutiva costumam ser mais numerosos que essas espécies. Como não são reconhecidas como predadores por suas presas, que por conta disso não fogem, e não possuem predadores nativos, faz com que eles também não se preocupem em se proteger, já que sofrem poucas predações. Com isso eles impactam no estoque de presas, refletindo na diminuição de oferta de alimento para as outras espécies recifais de médio e grande porte, nativas, acarretando também na redução dos seus estoques. Em estudos realizados, em uma área invadida um único peixe-leão foi capaz de reduzir o recrutamento de 79% das espécies nativas do recife.
Além de competir pelo alimento com espécies nativas, o peixe-leão também se alimenta de espécies importantes para a saúde do recife, espécies que desempenham funções ecológicas fundamentais, como os budiões e os peixes limpadores, entre outros.
Dentre as espécies que mais sofrem com a invasão do peixe-leão estão aquelas de grande interesse e valor comercial. A redução dos estoques podem causar impactos socioeconômicos, afetando diretamente as comunidades pesqueiras.
Infelizmente não se trata de um processo natural onde com o tempo as espécies se adaptam e a própria natureza da conta do recado, o que tem se observado ao longo de pouco mais de 30 anos de invasão no Atlântico, no Golfo do México e no mar do Caribe é justamente o contrário.
PERIGO / PEÇONHENTO
Os espinhos dorsais, pélvicos e anais do peixe-leão são peçonhentos e a sua presença acarreta em algum risco, em especial aos pescadores e mergulhadores com a possibilidade de interação com ele, porém o fato de ser um peixe com capacidade de inocular veneno, este não é, de fato, um problema que contribui com o processo de bioinvasão.
O veneno do peixe-leão é semelhante aos das outras espécies da mesma família que ocorrem naturalmente em nossas águas como o mangangá (Scorpaena plumieri) e também não oferece mais risco do que estes. O veneno do peixe-leão é capaz de causar dores fortes, edema local, náusea, fraqueza muscular, tontura, dor de cabeça e em casos mais severos pode provocar convulsões. De qualquer forma é importante manter-se seguro e evitar o contato direto com o peixe.
O veneno do peixe-leão é termossensível, ou seja, vulnerável a temperaturas elevadas que desnaturam as suas proteínas, por conta disto a aplicação de compressas de água quente ajudam a diminuir a dor, principal dos sintomas associados ao envenenamento.
JA QUE ELE É PEÇONHENTO ELE PODE SER CONSUMIDO?
Sim, ele pode ser consumido sem riscos de envenenamento e há quem afirme que a sua carne é bem saborosa, inclusive em Bonaire, no Caribe, tem um restaurante de brasileiros que fazem uma pizza de peixe-leão que segundo afirmam, é deliciosa.
O PROGRAMA DE ENFRENTAMENTO
O Programa de Enfrentamento consiste principalmente em estabelecer uma central de informações e de alertas de ocorrência e capacitar o staff das escolas e operadoras de mergulho recreativo, assim como os profissionais de instituições do terceiro setor (ONGs), de mergulho comercial e de consultoria ambiental que utilizem o mergulho em suas atividades laborais e de pesquisa na costa Atlântica de Salvador e na baía de Todos os Santos para efetuar uma rápida resposta a qualquer registro desta espécie em nossas águas.
Faz parte dos objetivos do programa ainda, orientar os banhistas e as comunidades de mergulhadores e pescadores quanto às medidas de segurança e as boas práticas da interação com este animal, incluindo a legislação, os cuidados no caso de acidentes e para os pescadores as formas seguras de capturar, manejar, preparar e consumir o peixe.
O programa tem também como finalidade formar uma rede de monitoramento através dos clientes das escolas e operadoras de mergulho, dos praticantes de snorkeling e mergulho livre, nadadores e pescadores a fim de maximizar os alertas de registros de ocorrência proporcionando maior eficiência nas respostas.
O QUE FAZER CASO ENCONTRE UM PEIXE-LEÃO NA BAÍA DE TODOS OS SANTOS
Segundo a FWC (Florida Fish and Wildlife Conservation Commission) a coleta manual de peixes-leão por pescadores submarinos e mergulhadores recreativos é o melhor método para controlar a invasão do peixe-leão e com isso minimizar os impactos indesejados, porém devido a possibilidade de envenenamento a coleta manual só deve ser realizada por pessoal capacitado.
A forma mais simples e mais segura de capturar um peixe-leão é utilizando um arpão manual, porém ele também pode ser capturado com o uso de redes, puçás e linha e anzol.
Se você encontrar um peixe-leão na costa de Salvador ou na baía de Todos os Santos não tente capturar, faça uma foto ou vídeo do animal e, rapidamente, comunique o exato local onde o encontrou através dos canais de comunicação deste programa, a algum instrutor ou escola de mergulho local ou mesmo ao órgão ambiental local que alguém qualificado vai até o local indicado fazer a captura.
POSTAGENS RELACIONADAS:
- Peixe-Leão é capturado em Fernando de Noronha (22/12/2020) [LINK]
- Peixes-leão foram registrados na costa do Piauí e do Ceará (15/03/2022) [LINK]
FONTES:
Aguilar-Perera, A.; Tuz-Sulub, A. 2010. Non-native, invasive red lionfish (Pterois volitans [Linnaeus, 1758]: Scorpaenidae), is forst recorded in the southern Gulf of Mexico, off the northern Yucatan Peninsula, Mexico. Aquatic Invasions, 5(1):S9-S12 [PDF]
Ballew, N.G.; Bacheler, N.M.; Kellison, G.T.; Schueller, A.M. 2016. Invasive lionfish reduce native fish abundance on a regional scale. Nature, Scientific Reports, 6:32169 [PDF]
California Academy of Sciences. 2015. First invasive lionfish in Brazil: Urgent control measures needed to protect coral reefs. Science Daily [LINK]
Côté, I.M.; Smith, N.S. 2018. The lionfish Pterois sp. invasion: Has the worst-case scenario come to pass? Journal of Fish Biology, 92:660–689 [Abstract]
Eddy, C. 2019. Trophic sicrimination factors for invasive lionfish (Pterois volitans and P.miles) in Bermuda. Biological Invasions, 21:3473-3477 [PDF]
Ferreira, C.E.L.; Luiz, O.J.; Floeter, S.R.; Lucena, M.B.; Barbosa, M.C.; Rocha, C.R.; Rocha, L.A. 2015. First Record of Invasive Lionfish (Pterois volitans) for the Brazilian Coast. PLOS One, 10(4):1-5. [PDF]
Francini-Filho, R.B.; Asp, N.E.; Siegle, E.; Hocevar, J.; Lowyck, K.; D´Avila, N.; Vasconcelos, A.A.; Baitelo, R.; Rezende, C.E.; Omachi, C.Y.; Thompson, C.C.; Thompson, F.L. 2018. Perspectives on the great Amazon reef: extension, biodiversity, and threats. Frontiers in Marine Science, 5:142 [Artigo]
FWC. Lionfish – Pterois volitans. Florida Fish and Wildlife Conservation Commission [LINK]
G1. 2015. Estudo liga peixe-leão, invasor no Brasil, a exemplares do Caribe. Natureza, Portal G1 [LINK]
G1 Região dos Lagos. 2016. Peixe-leão, invasor no litoral brasileiro, é encontrado em Arraial do Cabo, RJ. Região dos Lagos, Inter TV, Portal G1 [LINK]
Haubrock, P.J.; Bernery, C.; Cuthbert, R.N.; Liu, C.; Kourantidou, M.; Leroy, B.; Turbelin, A.J.; Kramer, A.M.; Verbrugge, L.N.H.; Diagne, C.; Courchamp, F.; Gozlan, R.E. 2022. Knowledge gaps in economic costs of invasive alien fish worldwide. Science of the Total Environment, 803(149875):11pp. [Abstract]
Lasso-Alcala, O.M.; Posada, J.M. 2010. Presence of the invasive red lionfish, Pterois volitans (Linnaeus, 1758), on the coast of Venezuela, southeastern Caribbean Sea. Aquatic Invasions, 5(1):S53-S59 [PDF]
Luiz, O.J.; Floeter, S.R.; Rocha, L.A.; Ferreira, C.E.L. 2013. Perspectives for the lionfish invasion in the South Atlantic: Are Brazilian reefs protected by the currents? Marine Ecology Progress Series, 485:1-7 [PDF]
Luiz, O.J.; Santos, W.C.R.; Marceniuk, A.P.; Rocha, L.A.; Floeter, S.R.; Buck, C.E.; Klautau, A.G.C.M.; Ferreira, C.E.L. 2021. Multiple lionfish (Pterois spp.) new occurremces along the Brazilian coast confirm the invasion pathway into the Southwestern Atlantic. Biological Invasions, [Abstract]
Marinho, A.C. 2019. Fernando de Noronha tem alerta sobre o peixe-leão, espécie considerada venenosa e invasora. Blog Viver Noronha, Portal G1 [LINK]
Marinho. A.C. 2021. Peixe invasor venenoso é capturado em Fernando de Noronha pela segunda vez em oito dias. Blog Viver Noronha, Portal G1 [LINK]
Marini, E. 2021. Conheça o peixe-leão, o predador que ameaça invadir o mar do Brasil. Portal R7 [LINK]
NOAA. Why are lionfish a growing problem in the Atlantic Ocean? National Ocean Service, National Oceanic and Atmospheric Administration [Link]
NOAA. Impacts of Invasive Lionfish. NOAA Fisheries, National Oceanic and Atmospheric Administration [Link]
Nóbrega, F. 2020. Invasor e risco à biodiversidade, peixe-leão é capturado pela primeira vez em Noronha. Folha de Pernambuco [LINK]
Oliveira, I. 2021. Pesquisadores alertam nova captura de peixe-leão, considerado invasor e perigoso. Gizmodo Brasil [LINK]
Rojas-Velez, S.; Tavera, J.; Acero, A. 2019. Unraveling lionfish invasion: Is Pterois volitans truly a morphologically novel predator in the Caribbean? Biological Invasions, 21(6):1921–1931 [PDF]
Schofield, P.J. 2010. Update on geographic spread of invasive lionfishes (Pterois volitans [Linnaeus, 1758] and P. miles [Bennett, 1828]) in the Western North Atlantic Ocean, Caribbean Sea and Gulf of Mexico. Aquatic Invasions 5(1):S117–S122 [PDF]
Tammaro, R. 2021. Peixe-leão invade o meio ambiente brasileiro e coloca espécies nativas em risco. Jornal da USP [LINK]
Vicente, J.P. 2019. Exuberante e temido, peixe-leão pode invadir costa brasileira em breve e impactar ecossistemas marinhos. National Geographic [LINK]
Whitfield, P.E.; Gardner, T.; Vives, S.P.; Gilligan, M.R.; Courtenay Jr, W.R.; Ray, G.C.; Hare, J.A. 2002. Biological invasion of the Indo-Pacific lionfish Pterois volitans along the Atlantic coast of North America. Marine Ecology Progress Series, 235:289–297 [PDF]