Nos últimos 25 anos tive a oportunidade de participar de diversas campanhas e expedições de mergulho científico, tanto como mergulhador científico como dando o auxílio na superfície ou mesmo planejando as atividades de mergulho. Em paralelo, neste mesmo período eu formei mergulhadores que atuam como mergulhadores científicos e também busquei me aperfeiçoar, me capacitar através de cursos de diversas especialidades, tanto de mergulho recreativo como técnico de forma a suprir as deficiências da formação básica em mergulho recreativo (curso básico e avançado de mergulho) no que diz respeito ao mergulho científico, currículo que me conferiram uma certa bagagem para analisar as principais divergências entre o mergulho científico e as outras categorias de mergulho e identificar os riscos que uma formação não adequada representam para os mergulhadores, além de sugerir um currículo de mergulho ideal para a formação de mergulhadores científicos realmente capacitados para exercer a atividade.
Nestes mesmos 25 anos observei mergulhadores básicos ultrapassando os limites de profundidade da sua certificação (18m) para coletar os dados necessários à pesquisa que estava vinculado, isto quando estes mesmos mergulhadores não realizaram atividades extenuantes submersos , fazendo mais mergulhos do que o permitido pelos limites do mergulho recreativo em um mesmo dia, fazendo intervalos de superfície reduzidos, ou mesmo ultrapassando os limites de tempo para as profundidades de trabalho e seguindo apenas os seus computadores para realizar procedimentos descompressivos sem um conhecimento básico necessários para evitar problemas por acúmulo de Nitrogênio nos tecidos.
Percebo que o mergulho científico no Brasil ainda é tratado como uma mera ferramenta de pesquisa, onde basta obter um brevet seja em que escola de mergulho for, a mais barata quase sempre é a opção mais comum, e ler um manual. O mergulho é uma atividade segura se os procedimentos de segurança foram seguidos à risca, respeitados, de outro modo estamos sempre correndo riscos. Tive acesso a relatos de mergulhadores científicos que tiveram diversos problemas, por sorte poucos com consequências mais sérias, todos estes problemas que poderiam ter sido evitados se além do conhecimento no objeto da pesquisa o mergulhador tivesse também nas técnicas de mergulho que precisaria utilizar para coletar os seus dados.
Negligências como esta não só implicam em baixa qualidade na coleta de dados como em riso de acidentes graves com consequências muitas vezes fatais aos mergulhadores e também em problemas jurídicos sérios para os laboratórios de pesquisa ou empresas de consultoria para às quais estes mergulhadores estão associados ou prestando serviço.
É uma área que apesar da crise pela qual passa a ciência no Brasil tem ganhado força e não é pequena a procura por cursos de mergulho por parte de profissionais ou mesmo estudantes das mais diversas áreas das ciências marinhas com a finalidade de se tornar mergulhador científico, e o aumento do número de pessoas atuando nesta área tende a implicar também em um aumento dos acidentes envolvendo estes mergulhadores.
Pensando nisso resolvi apresentar e comentar em um livro os três principais pontos de divergência do mergulho científico em relação aos mergulhos recreativos apontando quais os principais cursos que suprem as carências de uma formação básica em mergulho recreativo além de como já foi dito acima, sugerir um currículo de mergulho ideal para a formação de mergulhadores científicos realmente capacitados para exercer a atividade.
Aproveitando os anos de experiência em diversas operadoras de mergulho recreativo onde tive a oportunidade de experimentar todo tipo de equipamento aproveito para também comentar um pouco sobre quais na minha opinião seriam os ideais para serem utilizados nas diversas atividades do mergulho científico.
O livro apresenta ainda um breve histórico do mergulho científico no mundo e também no Brasil, além de um glossário.
A ideia com esta publicação é chamar atenção para uma necessidade de uma formação adequada para o mergulho científico de forma a aumentar ainda mais a qualidade dos dados coletados e aumentar a segurança dos mergulhadores e das instituições que estes representam. É mostrar a necessidade de tornar profissional uma atividade técnica importantíssima que ainda considerada como ferramenta de forma negligente e amadora por muitos dos mergulhadores científicos.
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Autor(es)
Mergulhador e apaixonado pelos oceanos desde a infância.
Desde a década de 1990 está envolvido em ações e pesquisas relacionadas com a biota aquática, tendo sido coordenador de resgate do Centro de Resgate de Mamíferos Aquáticos (CRMA) do Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA) e fundador do Centro de Pesquisa e Conservação dos Ecossistemas Aquáticos (Biota Aquática) e do EcoBioGeo Meio Ambiente & Mergulho Científico, e ao longo dos anos participou de projetos de pesquisa e de consultoria na ambiental em parceria com diversas instituições.
Também atua como instrutor de mergulho SDI e PADI.
Tem como objetivo, além de produzir informação de qualidade fomentar o reconhecimento e a qualificação dos mergulhadores científicos.
Olá pessoal. Gostaria de pagar o livro com boleto bancário, mas quando vou pra essa opção a página trava.
Tente novamente, algumas pessoas conseguiram comprar desta forma recentemente. Obrigado!
Excelente conteúdo! Parabéns Rodrigo. Acabei de pedir o meu. Abraços.