A Biota Aquática da baía de Todos os Santos e costa Atlântica de Salvador, Bahia
Raia-manta-aba-de-foice (Mobula tarapacana)
- Classe: Elasmobranchii
- Ordem: Myliobatiformes
- Família: Mobulidae

DESCRIÇÃO
As Raias-mantas-aba-de-foice estão entre as maiores raias-manta, podendo atingir até 370 cm de largura e pesar algo em torno de 350 kg.
A coloração do dorso da Raia-manta-aba-de-foice varia entre o azul escuro e o verde azeitona no dorso e o ventre branco. as cores do dorso e do ventre não se misturam.
A cabeça da Raia-manta-aba-de-foice é larga e as nadadeiras cefálicas relativamente curtas (aproximadamente 60% da largura da boca). A nadadeira dorsal é plana, as nadadeiras peitorais possuem as extremidades pontudas e fortemente curvadas para trás como foices, característica que determina o nome popula.
A cauda da Raia-manta-aba-de-foice tem o comprimento menor que o do corpo e não apresenta esporões e nem nadadeira caudal.

BIOLOGIA
A Raia-manta-aba-de-foice tem hábitos preferencialmente oceânicos, porém ocasionalmente podem ser observadas próximas à costa. É uma espécie geralmente solitária, mas pode formar grupos de até 27 indivíduos e inclusive grupos mistos com outras espécies de raias-manta.
A Raia-manta-aba-de-foice possui reprodução ovovivípara.

DISTRIBUIÇÃO
A distribuição da Raia-manta-aba-de-foice é circuntropical.
No Brasil é mais comumente observada nos Arquipélago de São Pedro e São Paulo, porém esta espécie já foi avistada no Parque Estadual Marinho da Laje de Santos (SP) e nas proximidades do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos (BA). Esta raia também foi registrada em desembarques pesqueiros ocorridos ao longo da costa brasileira, porém estes dados precisam ser confirmados para que se confirme a identificação taxonômica.

STATUS DE CONSERVAÇÃO
A Raia-manda-aba-de-foice é classificada como Vulnerável pelo ICMBio e pela IUCN que inclusive classifica a população desta espécie como em decréscimo. Constya no Apêndice II da CITES.
Sofre com a captura por acidental em redes de arrasto.
Autor(es)
Mergulhador e apaixonado pelos oceanos desde a infância.
Desde a década de 1990 está envolvido em ações e pesquisas relacionadas com a biota aquática, tendo sido coordenador de resgate do Centro de Resgate de Mamíferos Aquáticos (CRMA) do Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA) e fundador do Centro de Pesquisa e Conservação dos Ecossistemas Aquáticos (Biota Aquática) e do EcoBioGeo Meio Ambiente & Mergulho Científico, e ao longo dos anos participou de projetos de pesquisa e de consultoria na ambiental em parceria com diversas instituições.
Também atua como instrutor de mergulho SDI e PADI.
Tem como objetivo, além de produzir informação de qualidade fomentar o reconhecimento e a qualificação dos mergulhadores científicos.