A Mutuca-de-areia

A Biota Aquática da baía de Todos os Santos e costa Atlântica de Salvador, Bahia

Mutuca-de-areia (Ophichthus ophis)

  • Classe: Actinopterigyii
  • Ordem: Anguiliformes
  • Família: Ophichthidae
Mutuca-de-areia (Ophichthus ophis) fotografada no Porto da Barra (Foto: Rodrigo Maia-Nogueira)

DESCRIÇÃO

A Mutuca-de-areia apresenta corpo serpentiforme, alongado, liso e cilíndrico com a nadadeira cauda pontiaguda fundida às nadadeiras dorsal e anal. Diferente das Mutucas do gênero (Myrichthys spp.) cujas nadadeiras peitorais são pequenas e quase imperceptíveis as nadadeiras peitorais da Mutuca-de-areia são relativamente grandes, dando origem inclusive ao outro nome pelo qual a espécie é conhecida: Mutuca-de-orelha. Como ambos os nomes soam de forma parecida acredita-se que um destes nomes surgiu por confusão, porém ambos representam bem este peixe.

Mutuca-de-areia (Ophichthus ophis) fotografada no Porto da Barra (Foto: Rodrigo Maia-Nogueira)

A coloração da Mutuca-de-areia varia do branco ao pardo com manchas escuras ao longo do corpo e pequenas pintas, também escuras próximas à cabeça.

Mutuca-de-areia (Ophichthus ophis) fotografada no naufrágio do Blackadder (Foto: Rodrigo Maia-Nogueira)

A boca da Mutuca-de-areia é grande em relação ao tamanho da cabeça e as narinas tubulares são voltadas para baixo.

Mutuca-de-areia (Ophichthus ophis) fotografada no Porto da Barra (Foto: Rodrigo Maia-Nogueira)

BIOLOGIA

A Mutuca-de-areia habita fundos arenosos onde passa o dia enterrada deixando apenas a cabeça de fora, comportamento que dá origem ao seu nome popular mais comum, Mutuca-de-areia.

Mutuca-de-areia (Ophichthus ophis) fotografada no Quebra-mar Norte (Foto: Rodrigo Maia-Nogueira)

À noite a Mutuca-de-areia se desenterra para forragear em busca de comida.

Mutuca-de-areia (Ophichthus ophis) fotografada no Porto da Barra (Foto: Rodrigo Maia-Nogueira)

A Mutuca-de-areia geralmente tolera bem a presença do mergulhador, porém ao tentar se aproximar muito ela pode se enterrar completamente desaparecendo. Mas de qualquer forma não convém arriscar, diferente das outras Mutucas, a Mutuca-de-areia pode morder e machucar.

Mutuca-de-areia (Ophichthus ophis) fotografada no Porto da Barra (Foto: Rodrigo Maia-Nogueira)

DISTRIBUIÇÃO

A Mutuca-de-areia ocorre no Atlântico Ocidental, da Flórida nos Estados Unidos ao sul do Brasil.

Mutuca-de-areia (Ophichthus ophis) fotografada no Quebra-mar Norte (Foto: Rodrigo Maia-Nogueira)

Em Salvador e na baía de Todos os Santos a Mutuca-de-areia é mais comum no substrato arenoso próximo aos recifes, sendo muito comum no Porto da Barra, e comum próximo ao naufrágio do Blackadder, aos Corais da Boa Viagem, ao Quebra-mar Norte e ao Molhe Sul.

Mutuca-de-areia (Ophichthus ophis) fotografada no naufrágio do Blackadder (Foto: Rodrigo Maia-Nogueira)

STATUS DE CONSERVAÇÃO

A Mutuca-de-areia não se encontra em nenhuma lista de espécies ameaçadas.

Mutuca-de-areia (Ophichthus ophis) fotografada no Porto da Barra (Foto: Rodrigo Maia-Nogueira)

A Mutuca-de-areia não é alvo de nenhuma captura, seja para o consumo ou seja para o mercado ornamental, porém quando capturadas por engano são geralmente mortas e em alguns casos consumidas.

Esta espécie é considerada de risco para a intoxicação por Ciguatera.

Mutuca-de-areia (Ophichthus ophis) fotografada no Quebra-mar Norte (Foto: Rodrigo Maia-Nogueira)
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Autor(es)

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Mergulhador e apaixonado pelos oceanos desde a infância.
Desde a década de 1990 está envolvido em ações e pesquisas relacionadas com a biota aquática, tendo sido coordenador de resgate do Centro de Resgate de Mamíferos Aquáticos (CRMA) do Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA) e fundador do Centro de Pesquisa e Conservação dos Ecossistemas Aquáticos (Biota Aquática) e do EcoBioGeo Meio Ambiente & Mergulho Científico, e ao longo dos anos participou de projetos de pesquisa e de consultoria na ambiental em parceria com diversas instituições.
Também atua como instrutor de mergulho SDI e PADI.
Tem como objetivo, além de produzir informação de qualidade fomentar o reconhecimento e a qualificação dos mergulhadores científicos.

About Rodrigo Maia-Nogueira

Mergulhador e apaixonado pelos oceanos desde a infância. Desde a década de 1990 está envolvido em ações e pesquisas relacionadas com a biota aquática, tendo sido coordenador de resgate do Centro de Resgate de Mamíferos Aquáticos (CRMA) do Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA) e fundador do Centro de Pesquisa e Conservação dos Ecossistemas Aquáticos (Biota Aquática) e do EcoBioGeo Meio Ambiente & Mergulho Científico, e ao longo dos anos participou de projetos de pesquisa e de consultoria na ambiental em parceria com diversas instituições. Também atua como instrutor de mergulho SDI e PADI. Tem como objetivo, além de produzir informação de qualidade fomentar o reconhecimento e a qualificação dos mergulhadores científicos.

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