O Ouriço-lilás

A Biota Aquática da baía de Todos os Santos e costa Atlântica de Salvador, Bahia

Ouriço-lilás (Lytechinus variegatus)

  • Filo: Echinodermata
  • Classe: E#chinoidea
  • Ordem: Camarodonta
  • Família: Toxopneustidae
Ouriço-lilás (Lytechinus variegatus) fotografado no Yacht Clube da Bahia. (Foto: Roberto Costa Pinto)

DESCRIÇÃO

Assim como os demais membros da sua Classe, os ouriços, o ouriço-lilás possui um corpo discoide coberto por espinhos.

Os espinhos do ouriço-lilás são curtos e geralmente apresentam sua base clara, quase branca, sua extensão entre o amarelo e o verde e suas extremidades lilás formando um colorido bem característico, porém apesar de serem raros, indivíduos apresentando coloração uniforme também podem ser observados, a literatura descreve exemplares completamente brancos, marrons, em tons de verde ou totalmente lilás. Estes padrões uniformes são descritos até então exclusivamente para a Florida e para as Bahamas.

O nome ouriço-lilás é mais comum na região de Salvador, nas demais regiões do Brasil este ouriço é conhecido por Ouriço-do-mar-verde. As cores verde e lilás são as cores predominantes nos espinhos deste animal.

BIOLOGIA

O ouriço-lilás habita tanto os ambientes recifais como os bancos de algas e costões rochosos, podendo ser observados nas rochas da porção entre o fundo arenoso e a base do recife quanto na parede ou no topo do mesmo, entre 0 e 50 m de profundidade.

Assim como em algumas outras espécies de ouriço é comum observar minúsculos camarões Gnathophylloides mineri vivendo entre seus espinhos.

A luminosidade incomoda o ouriço-lilás e como ele ocorre em águas rasas utiliza conchas vazias, pequenas pedras, esqueleto de coral, algas e pedaços de esponjas, os quais segura com seus milhares de tentáculos distribuídos por todo o seu corpo, para se proteger. Como o ambiente em que ele vive sofre bastante com a presença de lixo este ouriço tem utilizado também deste material para se proteger, porém muitas vezes este material pode trazer mais desvantagens que vantagens para o animal uma vez que em muitos casos os seus componentes são poluentes ou contaminantes.

Ouriço-lilás (Lytechinus variegatus) fotografado no Porto da Barra coberto de lixo marinho. (Foto: Rodrigo Maia-Nogueira)

Seu espinhos não possuem pontas agudas, portanto os acidentes com esta espécie são incomuns.

A reprodução do ouriço-lilás é externa, os gametas são liberados na água onde são fecundados e se desenvolvem. As larvas vivem no plancton por alguns meses até se aproximarem do substrato e com a ajuda de um tentáculo ventoso se fixa onde ocorre a metamorfose em ouriço.

Ouriço-lilás (Lytechinus variegatus) fotografado no Yacht Clube da Bahia. (Foto: Roberto Costa Pinto)

DISTRIBUIÇÃO

O ouriço-lilás é comum da Flórida ao Sul do Brasil.

Na costa de Salvador e baía de Todos os Santos pode ser observado em todos os pontos costeiros de mergulho, sendo o ouriço mais comum no Parque Marinho da Barra.

STATUS DE CONSERVAÇÃO

O ouriço-lilás não se encontra sob nenhuma categoria de ameaça.

Ouriço-lilás (Lytechinus variegatus) fotografado no Yacht Clube da Bahia. (Foto: Roberto Costa Pinto)

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Autor(es)

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Mergulhador e apaixonado pelos oceanos desde a infância.
Desde a década de 1990 está envolvido em ações e pesquisas relacionadas com a biota aquática, tendo sido coordenador de resgate do Centro de Resgate de Mamíferos Aquáticos (CRMA) do Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA) e fundador do Centro de Pesquisa e Conservação dos Ecossistemas Aquáticos (Biota Aquática) e do EcoBioGeo Meio Ambiente & Mergulho Científico, e ao longo dos anos participou de projetos de pesquisa e de consultoria na ambiental em parceria com diversas instituições.
Também atua como instrutor de mergulho SDI e PADI.
Tem como objetivo, além de produzir informação de qualidade fomentar o reconhecimento e a qualificação dos mergulhadores científicos.

About Rodrigo Maia-Nogueira

Mergulhador e apaixonado pelos oceanos desde a infância. Desde a década de 1990 está envolvido em ações e pesquisas relacionadas com a biota aquática, tendo sido coordenador de resgate do Centro de Resgate de Mamíferos Aquáticos (CRMA) do Instituto Mamíferos Aquáticos (IMA) e fundador do Centro de Pesquisa e Conservação dos Ecossistemas Aquáticos (Biota Aquática) e do EcoBioGeo Meio Ambiente & Mergulho Científico, e ao longo dos anos participou de projetos de pesquisa e de consultoria na ambiental em parceria com diversas instituições. Também atua como instrutor de mergulho SDI e PADI. Tem como objetivo, além de produzir informação de qualidade fomentar o reconhecimento e a qualificação dos mergulhadores científicos.

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